O principal responsável pela alta da inflação em abril veio dos preços de medicamentos e produtos farmacêuticos. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador considerado a inflação oficial do país, subiu 0,61% em abril, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Só neste grupo, houve alta de 3,55% constatado no índice, um impacto de 0,12 ponto percentual na inflação.
Isso porque no último dia de março, o governo Federal autorizou o reajuste de 5,60% desde 31 de março. Além dos aumentos nas compras em farmácia, os preços nos planos de saúde também tiveram alta de 1,20%. “Houve incorporação das frações mensais dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023”, diz André Almeida, analista do IBGE.
Outro item que pressionou o resultado de abril foi o grupo de Alimentação e bebidas. Em março, o setor havia colhido alta de 0,05%, passando para 0,71% no fechamento de abril. Segundo o IBGE, a pressão veio da alimentação no domicílio, com altas de itens básicos de alimentação. É o caso do tomate (10,64%), do leite longa vida (4,96%) e do queijo (1,97%). O grupo havia desacelerado consideravelmente em março, apresentado deflação de 0,14%. Agora, fechou com alta de 0,73%.
A alimentação fora do domicílio teve uma pequena variação, passando de uma alta de 0,60% em março para 0,66% em abril. De acordo com o IBGE, o lanche desacelerou de 1,09% para 0,93%, e a refeição saiu de 0,41% para 0,51%.