A Delegacia de Homicídios e Proteção a Pessoa (DPHPP) de São Leopoldo deflagrou na manhã desta quinta-feira a Operação Ultor, com o objetivo de combater homicídios e tentativas cometidas em janeiro deste ano.
Coordenada pela delegada Mariana Studart, a ação conjunta com a equipe tática da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) da Polícia Civil resultou no cumprimento de 43 ordens judiciais, 31 mandados de busca e apreensão e 12 mandados de prisão temporária em São Leopoldo, na Penitenciária Modulada de Montenegro e Montenegro e Penitenciária Estadual do Jacuí em Charqueadas. Armas, munições, drogas e dinheiro foram apreendidos.
As mortes eram acompanhadas por chamadas de vídeos vindas de detentos recolhidos no sistema prisional e que integram a facção criminosa do Vale do Rio dos Sinos.
Os crimes
O primeiro ocorreu em 07 de janeiro. A vítima foi mantida em cárcere privado e torturada, tendo sido agredida com facadas e atingida por disparo de arma de fogo. Os apenados assistiram tudo por meio de chamada de vídeo. Após as agressões, a vítima teria sido retirada do local e foi deixada em um ponto de tráfico.
O segundo crime ocorreu em 19 de janeiro. A vítima foi alvejada por mais de 20 disparos de arma de fogo em frente a sua residência. O crime foi cometido por represália pelo fato da vítima ter atingido, com uma arma de pressão, a avó de membros da organização criminosa, após discussão em um bar.
O terceiro crime investigado aconteceu nove dias depois, em 28 de janeiro, quando integrantes da facção entraram na residência da vítima e a atingiram com um disparo de arma de fogo. O corpo foi enterrado posteriormente em um matagal. Conforme a investigação, o crime foi encomendado pela própria companheira da vítima, por causa de brigas constantes e de suposta prática de estupro por parte da vítima contra a enteada.