Liderança de facção morre e arsenal é apreendido durante ação da BM e Denarc em Gravataí

Conhecido como 'Beto Fanho', criminoso era um dos chefes do tráfico na zona Norte de Porto Alegre

Foto: Polícia Civil / Reprodução

Uma operação do Departamento Estadual de Repressão ao Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil, em parceria com a Brigada Militar, nesta quarta-feira, resultou na morte de um dos líderes de uma facção, em Gravataí, na região Metropolitana. Na ação, também foram apreendidos um fuzil calibre 556, uma pistola Glock calibre 9mm, uma espingarda calibre 22, uma granada, dezenas de coletes e capas balísticas, valores em espécie e rádios comunicadores.

“Essa ação traz resultados importantes para a comunidade pois, além da desarticulação, trouxe prejuízos à organização criminosa”, destacou o tenente-coronel Rafael Tiaraju de Oliveira, comandante do 20º Batalhão de Polícia Militar (BPM), ressaltando ainda o apoio do 17º BPM na ação.

Conforme apurou Rádio Guaíba, o traficante morto é Adalberto Arruda Hoff, de 43 anos. Conhecido como ‘Beto Fanho’, o criminoso tinha sete indiciamentos por homicídio, além de tráfico de drogas, roubo a banco e a estabelecimento, porte ilegal de armas e associação criminosa, acumulando 53 anos de condenação.

Ainda segundo a reportagem, ele chegou a integrar uma facção oriunda da Vila 27, na Vila Cruzeiro, na zona Sul. Quando morreu, no entanto, estaria vinculado a um grupo surgido no Presídio Central, na década de 1990, que se define como ‘aberto’ a alianças com outras facções.

Ambas as quadrilhas ligadas a Beto Fanho integram uma coligação de traficantes formada para combater uma organização criminosa maior, surgida no bairro Bom Jesus, na zona Leste de Porto Alegre.

Adalberto Arruda Hoff, o 'Beto Fanho'. Foto: Record TV / Reprodução
Adalberto Arruda Hoff, o ‘Beto Fanho’. Foto: Record TV / Reprodução

Ele era apontado como um dos chefes do tráfico na Vila São Borja, no bairro Sarandi, zona Norte de Porto Alegre, onde outras três armas de fogo foram apreendidas.

Conforme o delegado Rafael Lidtke, o criminoso, localizado em um sítio na região de Morungava, confrontou os agentes. O policial destacou ainda a integração das forças de segurança pública na operação.

“O monitoramento dele foi feito em conjunto pelas forças policiais. Os órgãos de segurança agiram de forma integrada, somente assim a comunidade será a maior favorecida”, declarou o titular da  2ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico do Denarc.

A ação, segundo o delegado Carlos Wendt, é parta da estratégia da Polícia Civil e da Brigada Militar para intensificar a presença do Estado em áreas conflagradas. “Vamos intensificar cada vez mais as ações conjuntas, fortalecendo o combate contra o crime organizado”, destacou o diretor do Denarc.