Perícia indica que soldado morreu vítima de disparo acidental de colega na zona Norte de Porto Alegre

Polícia Civil não vai indiciar o soldado Matheus Ramos Aquino, já que morte ocorreu no âmbito militar

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

A Polícia Civil confirmou à Rádio Guaíba que o militar Roniclei Luciano Graef Cipolato, de 46 anos, morreu após ser baleado acidentalmente por um colega durante uma operação, na noite de 26 de março, no bairro Costa e Silva, zona Norte de Porto Alegre.

“A perícia indicou que o disparo foi efetuado da arma do colega. Ambos os policiais estavam em serviço. Por isso, a atribuição para a apuração dos fatos vai para a Brigada Militar”, declarou o delgado Thiago Zaidan.

Ainda de acordo com o titular da 3ª Delegacia de Homicídios da capital, o colega do soldado morto não vai ser autuado por conta de o fato ter ocorrido durante uma ação militar. “Se estivessem fora de serviço, seria outra situação. Já há um inquérito policial militar ocorrendo e lá que vão verificar a possível responsabilização do soldado que efetuou o disparo”, destacou.

Lotado no 20º Batalhão de Polícia Militar, Cipolato deixa quatro filhos. Ele era agente da Seção de Inteligência da corporação, na qual havia ingressado em 2004.

Ocorrência

Segundo o registro da ocorrência, moradores da região informaram que havia dois homens portando armas de fogo na rua Walter Erwing Filho. A dupla fugia no momento em que os agentes de inteligência, Matheus Ramos Aquino e Roniclei Luciano Graef Cipolato, chegaram ao local.

Um dos suspeitos correu para cima do telhado de uma residência, sendo acompanhada por Cipolato, que solicitou apoio. Na sequência, foram ouvidos dois disparos de arma de fogo. Aquino visualizou a silhueta de um dos suspeitos e efetuou um disparo, como medida de cautela, usando uma pistola Taurus 9mm. Na sequência, Cipolato informou ter sido alvejado.

Militares que chegaram para o reforço visualizaram, então, o suspeito arremessar, de cima do telhado, uma arma de fogo e tentar fugir, e o detiveram em seguida. Os integrantes da Rocam subiram no telhado e encontraram Cipolato com ferimentos no braço esquerdo e na lateral do tórax. Ele chegou a ser conduzido, ainda com vida, ao Hospital Cristo Redentor, mas não resistiu.