O Rio Grande do Sul ganhou 19 novos mergulhadores autônomos de busca e resgate, formados pelo Corpo de Bombeiros Militar (CBM/RS) nesta terça-feira, em Porto Alegre. Eles atuarão em casos de enchentes, afogamentos, desaparecimentos e outras ocorrências que exijam profissionais com esse tipo de capacitação. Com os novos mergulhadores, a equipe gaúcha totaliza 57 militares.
É a primeira turma formada desde que os bombeiros foram desvinculados da Brigada Militar, sendo ligados diretamente à Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul. “Nós sentimos a necessidade de uma reestruturação, de um fortalecimento dessa atividade que é muito demandada na nossa corporação”, explica o comandante do CMB/RS, coronel Eduardo Estêvam Camargo Rodrigues.
Integrando o processo de reestruturação, o Corpo de Bombeiros deve inaugurar neste ano um centro de controle das operações. A corporação também vai entregar novos equipamentos e pretende reforçar os polos existentes em Rio Grande, Santa Maria, Passo Fundo e Porto Alegre.
Curso
Foram formados 19 mergulhadores gaúchos e um paranaense nesta edição do curso. Os profissionais enfrentaram 360 horas de aulas, em locais como tanques de mergulho, piscinas de clubes, o Guaíba, além de águas do município de Passo Fundo e do litoral Norte. Os alunos aprenderam sobre conteúdos como operações de mergulho e técnicas de busca subaquática.
Águas gélidas, mudanças fisiológicas e perda da visibilidade eram alguns dos desafios descritos na preparação e atuação dos mergulhadores de busca e resgate. “Exige uma preparação muito diferenciada, quer seja nos requisitos físicos, técnicos e psicólogos, porque esse grupo atuaem áreas subaquáticas de difícil acesso, muitas vezes com muito risco”, completa o comandante do CBM.
Homenagem
A turma de mergulhadores formada hoje recebeu homenagem da iniciativa Universal nas Forças Policiais (UFP), com um café da manhã no dia da solenidade. Ao longo do curso, a UFP ofereceu suporte para os alunos com foco na saúde mental, em função das adversidades enfrentadas na profissão.
“O programa existe há cinco anos, com o objetivo de dar apoio espiritual, social e valor ativo a esses heróis”, explicou o coordenador do UFP no RS, pastor Leonardo Álvaro dos Santos.