Após relatos de alteração no cheiro e no gosto da água em Porto Alegre, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) realizou análises que levantaram a hipótese de que materiais orgânicos dos afluentes do Guaíba tenham sido arrastados para a água devido aos altos volumes de chuva dos últimos dias. Além disso, a estiagem também deve ter contribuído para essa situação.
Contudo, os testes são preliminares e ainda devem ser atualizados. A equipe técnica seguirá monitorando nesta terça-feira, a condição da água bruta captada.
O Dmae alegou ter aumentado a dosagem de dióxido de cloro, agente pré-oxidante, que auxilia na atenuação de gosto e odor. O produto está sendo dosado 24 horas por dia. Conforme o diretor-geral, Maurício Loss, a população deverá sentir uma melhora nas características da água nos próximos dias. “Todas as ações necessárias no tratamento estão sendo adotadas. Caso seja necessário, será feita a adição de carvão ativado como segunda linha de ação”.
Uma investigação foi aberta na manhã desta segunda-feira para descobrir as causas do odor e gosto ruins apresentados na água de Porto Alegre. Segundo Mauricio Loss, foram registradas 27 reclamações no final de semana através do sistema 156, em cerca de 14 bairros da zona Norte. Além das reclamações, o Painel Sensorial da Qualidade do Dmae também identificou nesse domingo as alterações.