Os economistas do mercado financeiro reduziram as estimativas de inflação para 2023 e 2024. Interrompendo uma sequência de cinco elevações, o Relatório Focus projeta uma redução de 6,05% para 6,02% este ano. O documento, com a avaliação de mais de 100 instituições financeiras feitas na semana passada, foi divulgado nesta segunda-feira, 8, pelo Banco Central.
Para este ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. Caso se confirmem as projeções, será o terceiro ano seguido no qual o IPCA fica acima do teto de metas. Em 2022, a inflação somou 5,79%. Para 2024, a projeção de inflação do mercado financeiro caiu de 4,18% para 4,16% na semana passada.
Para o crescimento Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, a expectativa do mercado financeiro ficou estável em 1% na última semana. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia. Já para 2024, a previsão de crescimento recuou de 1,41% para 1,40%.
TAXA DE JUROS
Para a taxa básica de juros da economia, a Selic, a estimativa se mantém em 12,50% ao ano para o fim de 2023, contra os atuais 13,75% ao ano. Para o fim de 2024, a projeção do mercado para o juro básico da economia ficou estável, em 10% ao ano. Com isso, o mercado segue estimando queda do juro também no próximo ano.
Com relação ao dólar, a projeção para a taxa de câmbio para o fim de 2023 ficou estável em R$ 5,20. Para o fim de 2024, permaneceu em R$ 5,25. Já o saldo da balança comercial (total de exportações menos as importações), a projeção permaneceu em US$ 60 bilhões de superávit em 2023. Para 2024, a expectativa para o saldo positivo avançou de US$ 54,6 bilhões para US$ 55 bilhões.