As vendas do comércio para o Dia das Mães deverão atingir R$ 13,17 bilhões em 2023, o que representa uma retração de 4,1% em relação ao mesmo período do ano passado. A estimativa é da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), sendo que o setor de vestuário, calçados e acessórios deverá faturar R$ 6 bilhões, apesar da queda esperada de 3% em relação ao volume observado no ano passado. Apenas quatro estados devem ter desempenho positivo, entre os quais o Rio Grande do Sul, com alta de 3,6%, a maior entre as regiões apontadas pela CNC.
Outros setores que devem ser beneficiados estão o segmento de farmácias, perfumarias e lojas de cosméticos, com vendas previstas na casa dos R$ 2,2 bilhões, e os estabelecimentos especializados na venda de utilidades domésticas e eletroeletrônicos, com R$ 1,7 bilhão. A maior alta deve ocorrer em compras feitas em hiper e supermercados, um percentual de 0,6% perante 2022, o equivalente a R$ 1,87 bilhão no total.
O economista da CNC, Fabio Bentes, aponta que, apesar da perspectiva negativa, os estados do Sul e Sudeste devem concentrar o maior ânimo para as compras. Regionalmente, São Paulo (com vendas na casa dos R$ 4,2 bilhões), Minas Gerais (R$ 1,2 bilhão) e Rio Grande do Sul (R$ 1,2 bilhão) devem concentrar 51% das vendas. Entretanto, apenas 4 das 12 maiores unidades da federação deverão registrar avanços nos volumes de vendas locais são, além do Rio Grande do Sul, Goiás de 2,5%, Paraná de 2,1% e Santa Catarina de 0,9%.
Apesar da desaceleração dos níveis gerais de preços, o economista da CNC aponta que as condições de consumo se mostram desfavoráveis à ampliação das vendas para o Dia das Mães, em virtude do aumento dos juros na ponta ao consumidor.