PF abre processo para investigar caso de mulher expulsa de voo por se recusar a despachar notebook

Três agentes da Polícia Federal foram chamados para fazer a retirada de Samantha, que tentava ir de Salvador a São Paulo

Foto: Reprodução/ Instagram

A Polícia Federal abriu, neste domingo (30), um processo para investigar uma eventual existência de crime no caso da mulher expulsa de um voo no Aeroporto Internacional de Salvador, na Bahia, por se recusar a despachar o notebook.

A investigação foi instaurada na Superintendência Regional da Polícia Federal na Bahia e, segundo a corporação, permanecerá em sigilo até o fim das investigações do caso.
O caso ocorreu na última sexta-feira (28), em um voo da Gol. A mulher, identificada como Samantha, foi expulsa do avião de maneira compulsória.

Nos vídeos que circulam na internet, é possível ver três agentes da Polícia Federal — chamados pelos funcionários da Gol — tentando fazer a retirada de Samantha da aeronave.
No entanto, ela questiona o motivo pelo qual deveria sair do avião, e um dos policiais responde: “Estou lhe retirando da aeronave por determinação do comandante”. Em seguida, outro agente diz que o piloto alegou que ela precisaria sair por “questões de segurança”.

A confusão ocorreu porque a mulher foi obrigada a deixar a aeronave por não querer despachar a única mochila que carregava. Isso porque a bagagem continha um notebook, e a orientação de todas as companhias aéreas é que objetos eletrônicos sejam levados pelos donos dentro da aeronave e não sejam despachados.

O que diz a Gol?
Em nota ao R7, a Gol informou que a cliente não aceitou a colocação da sua bagagem nos locais corretos destinados à mala e, por medida de segurança operacional, não pôde seguir no voo. “Lamentamos os transtornos causados aos clientes, mas reforçamos que, por medidas de segurança, nosso valor número 1, as acomodações das bagagens devem seguir as regras e procedimentos estabelecidos, sem exceções”, escreveu.

Veja a nota da Gol na íntegra
“A GOL informa que, durante o embarque do voo G3 1575 (Salvador-Congonhas), havia uma grande quantidade de bagagens para serem acomodadas a bordo e muitos Clientes colaboraram despachando volumes gratuitamente. Mesmo com todas as alternativas apresentadas pela tripulação, uma Cliente não aceitou a colocação da sua bagagem nos locais corretos e seguros destinados às malas e, por medida de segurança operacional, não pôde seguir no voo.

Lamentamos os transtornos causados aos Clientes, mas reforçamos que, por medidas de Segurança, nosso valor número 1, as acomodações das bagagens devem seguir as regras e procedimentos estabelecidos, sem exceções. A Companhia ressalta ainda que busca continuamente formas de evitar o ocorrido e oferecer a melhor experiência a quem escolhe voar com a GOL e segue apurando cuidadosamente os detalhes do caso.”