Vice-prefeito de Canoas contesta suspensão de cirurgias no Hospital Univesitário

Segundo Nedy Marques, instituição não acumula dívida de R$ 12 milhões

Foto: Fernanda Bassôa / Correio do Povo

O vice-prefeito de Canoas, Nedy Marques, divulgou nota questionando a suspensão das cirurgias eletivas no Hospital Universitário (HU) do município. Segundo ele, trata-se de um crime contra a saúde pública, que serve como cortina de fumaça para atacá-lo.

Nesta quinta, o HU anunciou a suspensão, por 10 dias, da realização de cirurgias eletivas (aquelas com agendamento prévio). A instituição vai seguir atendendo a emergência obstétrica, retaguarda pediátrica e outras urgências, com operação normal na maternidade, assim como consultas e exames. A Prefeitura de Canoas alega que a medida é necessária em decorrência do quadro financeiro da casa de saúde.

No texto, o vice-prefeito sustenta que não existe déficit de R$ 169 milhões na Prefeitura nem dívida com o HU de R$ 12 milhões. Marques disse que, mesmo com a queda na arrecadação de recursos do ICMS, os repasses para os três hospitais (HU, Nossa Senhora das Graças e Hospital de Pronto Socorro) sempre estiveram em dia até ele deixar de ocupar o cargo de prefeito em exercício.

O vice-prefeito ressalta que o contrato assinado pelo prefeito Jairo Jorge com a Funam, em 2021, previa um custo muito abaixo do ideal para suprir as demandas do HU, cerca de R$ 9 milhões, o que era de conhecimento do Executivo. Conforme a nota, com valores insuficientes, meses depois, a empresa Funam passou a pedir um aditivo nos valores previstos em contrato.

Nedy Marques lembrou que a prefeitura ingressou com ação civil pública na justiça pedindo a intervenção no hospital, o que Poder Judiciário aceitou com favorável do Ministério Público. Com a intervenção no HU, acrescentou o vice, a Prefeitura garantiu todos os recursos para assegurar os atendimentos em normalidade. Ele também explica que a assinatura do aditivo contratual só ocorreu após autorização da Justiça, com a manifestação favorável do MP, ‘de forma legal e transparente’.

A nota finaliza dizendo que, mesmo diante do afastamento do prefeito Jairo Jorge, o HU seguiu com as portas abertas e ampliou o atendimento.