Mauricio de Sousa perde eleição e Ricardo Cavaliere se torna imortal da ABL

Filólogo venceu com 35 dos 38 votos possíveis

Foto: Youtube / Reprodução

Criador da “Turma da Mônica”, o cartunista Mauricio de Sousa perdeu, para o filólogo Ricardo Cavaliere, a eleição para a cadeira 8 da Academia Brasileira de Letras (ABL), nesta quinta-feira. O novo acadêmico vai ocupar a vaga que pertenceu a Cleonice Berardinelli, que morreu em janeiro.

Cavaliere recebeu 35 dos 38 votos possíveis, em uma eleição que durou apenas 22 minutos. Houve ainda um voto em branco.

Professor com experiência na área de Letras e Linguística, e autor de obras como “Fonologia e Morfologia na Gramática Científica Brasileira” e “Pontos Essenciais em Fonética e Fonologia”, ele já havia concorrido a uma vaga na ABL em 2021, quando José Paulo Cavalcanti venceu a disputa.

Dessa vez, Cavaliere iniciou o processo como favorito, mas havia perdido terreno a partir da entrada de Mauricio de Sousa. O cartunista busca se tornar o primeiro escritor de quadrinhos a ocupar uma das 40 cadeiras da academia, cuja fundação remonta ao final do século 19. A expectativa é que ele tente novamente uma vaga em eleições futuras.

Do total de votos, 14 foram feitos por carta e o restante presencialmente. Pela segunda vez na história, a eleição de um imortal da ABL se deu através de uma urna eletrônica. Cedido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), o equipamento é o mesmo utilizado nas eleições Brasil afora. A novidade havia sido usada pela primeira vez na academia na semana passada, quando a paulista Heloísa Buarque de Hollanda, 83 anos, teve o nome escolhido para a cadeira 30, que era da escritora Nélida Piñon.

Além de Ricardo Cavaliere e Mauricio de Sousa, concorriam à ABL na eleição desta quinta-feira os escritores Joaquim Branco e Eloi Angelos G. D’Arachosia, o jornalista e escritor James Ackel, e o advogado José Alberto Couto Maciel.

*Com informações da Agência Estado (AE)