Brasil gerou 195.171 mil empregos formais em março, aponta Caged

Resultado representa um aumento de 97,6%. sobre o mesmo mês de 2022

Foto: Senai / Reprodução / CP

O saldo de empregos formais em março foi de 195.171 postos de trabalho. Os dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados foram divulgados nesta quinta-feira, 27 pelo Ministério do Trabalho e Emprego e resultam de 2.168.418 admissões e 1.973.247 desligamentos no mês, de acordo com. O saldo de março de 2023 ficou superior em 96.385 postos com relação a março de 2022, quando foram gerados 98.786 empregos formais no país, e representam um aumento de 97,6%.

No Rio Grande do Sul foram 149.296 admissões e 137.127 desligamentos, uma variação positiva de 0,45%. No acumulado do ano, o estado tem uma variação positiva de abertura de vagas que chega a 1,59%, com um saldo de 42.241 vagas, e uma variação positiva de 3,35% no acumulado dos 12 meses. Porto Alegre teve um saldo de 2,6 mil oportunidades em março.

O estoque total recuperado para o CAGED ficou em 42.970.598 postos, variação positiva de 0,24%, dos quais 4.594.601 são considerados postos de trabalho não típicos. Dos postos gerados em março, 158.529 podem ser considerados típicos e 36.642 não típicos. O resultado de março demonstrou um saldo positivo em 22 estados e em 4 dos 5 grandes grupamentos de atividades econômicas. No acumulado do ano o saldo alcançou 526.173 postos de trabalho com carteira assinada.

Entre os grupos populacionais, o saldo foi positivo para mulheres (+84.066) e para homens (+111.105), sendo identificado ainda um saldo positivo de (+570) postos de trabalho para PCDs. No quesito raça/cor, o saldo foi positivo para pardos (+50.366), brancos (+10.393) e pretos (+10.376), porém foi negativo para indígenas (-2.360) e amarelos (-94).

SETORES ECONÔMICOS

O maior crescimento do emprego formal em março ocorreu no setor de Serviços, com um saldo de 122.323 postos de trabalho, com destaque para a Administração pública (defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais) que obteve o maior saldo (+44.913), especialmente na educação (+22.334) e saúde humana e serviços sociais (+14.214). O setor da Construção Civil foi o segundo maior gerador de postos de trabalho no mês, com saldo de 33.641 postos formais.

O destaque ficou para Obras de Infraestrutura, com saldo de +14.279 postos de trabalho (+2,11%) e Serviços especializados para construção, com saldo de +10.349 postos de trabalho. Em seguida veio a Indústria, com saldo de +20.984 postos, principalmente na Fabricação de produtos alimentícios (+4.698), Processamento industrial do fumo (+3.410) – com destaque para o Rio Grande do Sul (+3.307) e Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos (+1.896).

O Comércio, com saldo de +18.555 postos formais de trabalho, ficou em quarto lugar, tendo destaque o Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios – Supermercados (+7.036) e o Comércio Varejista de Mercadorias em Geral, com Predominância de Produtos Alimentícios – Hipermercados (+1.626). A Agropecuária foi o único setor sem resultado positivo no mês de março, com (-332) postos perdidos, sendo os maiores impactos identificados no Cultivo de maçã (-6.905), no Cultivo de laranja (-5.492) e no Cultivo de soja (-3.868).

Entre os estados, o destaque foi São Paulo, com geração de 50.768 postos (+0,39%), principalmente no setor de serviços (+37.299); Minas Gerais, com geração de 38.730 postos (+0,86%); e Rio de Janeiro, que gerou 19.427 postos (+0,57%) no mês. Os menores saldos foram verificados em Pernambuco, -5.266 postos (-0,38%), Paraíba -815 postos (-0,18%) e Rio Grande do Norte, -78 postos (-0,02%), com forte impacto na fabricação de açúcar e cultivo de cana-de-açúcar em Pernambuco e Paraíba e na fabricação de álcool no Rio Grande do Norte.