A queda de 0,2% na indústria nacional no mês de fevereiro foi repetida por cinco dos 15 locais. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 26, conforme o levantamento da Pesquisa Industrial Mensal. Os recuos mais acentuados foram no Rio Grande do Sul (-6,9%) e em Mato Grosso (-4,9%), seguidos por Goiás (-2,5%), Ceará (-1,9%) e São Paulo (-0,7%).
As maiores altas foram de Pernambuco (8,8%) e Bahia (4,9%), com Minas Gerais (3,3%), Pará (2,7%), Região Nordeste (2,5%), Santa Catarina (1,8%), Espírito Santo (1,6%), Amazonas (1,6%), Rio de Janeiro (1,1%) e Paraná (0,4%) a seguir.
Considerando o período de três meses, média ficou negativa em cinco dos 15 locais pesquisados, com destaque para Rio Grande do Sul (-3,0%), São Paulo (-1,6%) e Mato Grosso (-1,4%). Frente ao mesmo mês do ano anterior, a indústria recuou 2,4% em fevereiro, com resultados negativos em 12 dos 18 locais pesquisados. As quedas mais intensas foram no Rio Grande do Sul (-13,3%), Mato Grosso (-13,0%) e Ceará (-11,4%).
A queda na indústria do Rio Grande do Sul foi influenciada pelos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gasolina automotiva e óleos combustíveis), veículos automotores, reboques e carrocerias (autopeças e automóveis), produtos alimentícios (arroz, carnes de suínos congeladas, carnes e miudezas de aves congeladas, produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de aves, rações e leite esterilizados/UHT/Longa Vida), produtos químicos (fertilizantes químicos das fórmulas NPK e polietileno de baixa e de alta densidade) e máquinas e equipamentos (retroescavadeiras, máquinas para colheita, semeadores, plantadeiras ou adubadores e tratores agrícolas).
No indicador acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, a redução na produção nacional (-1,1%) alcançou 11 dos 18 locais pesquisados, com destaque para Mato Grosso (-13,8%), Rio Grande do Sul (-10,4%) e Bahia (-8,3%). Região Nordeste (-5,8%), Ceará (-5,6%), Pará (-4,7%), Santa Catarina (-4,7%), Rio Grande do Norte (-4,6%), Espírito Santo (-3,8%), Pernambuco (-3,7%) e São Paulo (-3,3%) também recuaram nesse indicador.
Já as maiores expansões vieram dos seguintes locais: Amazonas (10,0%), Maranhão (9,2%) e Minas Gerais (8,5%). Rio de Janeiro (4,8%), Mato Grosso do Sul (0,6%), Goiás (0,3%) e Paraná (0,1%) mostraram os demais resultados positivos nesse mês no acumulado do ano.
O acumulado nos últimos doze meses, ao variar -0,2% em fevereiro de 2023, repetiu o resultado de janeiro último e interrompeu a trajetória ascendente iniciada em julho de 2022 (-2,8%). Nove dos 15 locais pesquisados registraram taxas negativas em fevereiro de 2023, mas 11 apontaram menor dinamismo frente aos índices de janeiro de 2023.
Mato Grosso (de 13,7% para 10,7%), Goiás (de 0,4% para -0,9%), Rio Grande do Sul (de 0,4% para -0,3%), Bahia (de 1,7% para 1,2%), Pernambuco (de -1,6% para -2,0%), Amazonas (de 5,1% para 4,8%) e Pará (de -7,5% para -7,7%) assinalaram as maiores perdas entre os dois períodos. Minas Gerais (de 0,1% para 0,6%), Rio de Janeiro (de 4,5% para 4,9%) e Paraná (de -4,1% para -3,9%) mostraram os ganhos entre janeiro e fevereiro de 2023.