Depois de uma terça-feira, 25, marcada pelo depoimento do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na comissão do Senado, e pela continuidade da pressão oficial sobre a taxa básica de juros para a economia brasileira, o mercado financeiro recebe hoje a divulgação do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de abril. A informação será divulgada no começo da manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Analistas projetam um número de boa avaliação no mercado, tendo em vista o resultado do IPCA de março chegou a 0,71% – em fevereiro o indicador chegou a 0,84% – como consequência da alta da gasolina que subiu 8,33% no mês e teve impacto individual de 0,39 ponto percentual no índice. O IPCA-15 de março chegou a 0,69% e as apostas são de que deve avançar em torno de 0,60% ou 0,61% neste mês, uma pequena perda de ritmo da alta de preços. Caso se confirme, o acumulado em 12 meses chegaria a 4,20%
Este resultado vai definir se a pressão sobre o Banco Central vai aumentar ou reduzir sobre uma queda futura da Selic, atualmente em 13,75% ao ano. O resultado vai ser um reflexo da queda nos preços de alimentação e comunicação, mas que pode ser surpreendida pela alta nos setores de saúde e cuidados pessoais, com reajuste de medicamentos, passagens aéreas e aluguéis.