Chefe de gabinete da secretaria-executiva do GSI pede demissão

Coronel da reserva exercia o cargo desde fevereiro de 2022

Capelli acelera troca de servidores no GSI. Foto: VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

O coronel da reserva Jorge Henrique Luz Fontes pediu demissão do cargo de chefe de gabinete da secretaria-executiva do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. A exoneração, a pedido de Fontes, aparece no Diário Oficial da União desta quarta-feira, assinada pelo ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli.

De acordo com o Portal da Transparência, o militar exercia a função desde fevereiro de 2022. Jorge Fontes ingressou no órgão em setembro de 2017.

A saída do coronel ocorre após Cappelli anunciar que pretende agilizar a troca de servidores lotados no GSI desde o governo passado, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o ministro interino, 35% dos funcionários já foram substituídos.

Cappelli disse que está fazendo um levantamento de informações sobre a atuação da pasta para apresentar um “raio-x” a Lula, que deve decidir quais alterações serão feitas no GSI após retornar da viagem oficial à Europa.

Entenda o caso
Na semana passada, o general Gonçalves Dias, à frente do GSI desde a posse de Lula, pediu demissão do cargo após imagens divulgadas pela CNN Brasil mostrarem ele e outros funcionários do gabinete no interior do Palácio do Planalto, no dia 8 de janeiro, quando vândalos invadiram as sedes dos Três Poderes.

Em depoimento à Polícia Federal, o general disse que houve “conivência e omissão de diversos agentes do GSI” e “atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto” na ocasião.

Mais nove militares da pasta prestaram depoimento à PF no último domingo, depois da divulgação das imagens.