Enquanto os investidores ficam atentos à tramitação do projeto de arcabouço fiscal no Congresso Nacional, que chegou aos parlamentares com algumas mudanças, a semana promete uma série de indicadores econômicos que podem ser determinantes para o comportamento dos ativos mais relevantes. Entre eles, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) referentes ao mês de abril, que será divulgado na quarta-feira, 26, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A semana começa com a divulgação do Relatório Focus pelo Banco Central, com as projeções do mercado para os principais indicadores macroeconômicos do país. Na terça-feira, 25, o IBGE divulga os dados de vendas no varejo no país, com projeção de desaceleração na atividade econômica, diante do forte aperto monetário empreendido pelo Banco Central e a alta taxa Selic. A estimativa do mercado é uma queda de 0,2% na comparação mensal e um aumento de 0,6% em bases anuais.
Analistas projetam um número de boa avaliação no mercado, tendo em vista o resultado do IPCA de março chegou a 0,71% como consequência da alta da gasolina que subiu 8,33% no mês e teve impacto individual de 0,39 ponto percentual no índice. Conforme analistas, o indicador deverá ter uma alta mensal de 0,58%, levando o índice anual a 4,2%. Para o IGP-M, índice que costumava ser padrão de referência nos contratos de aluguel de imóveis e que será divulgado na quinta-feira, 27, a expectativa é de um recuo de 0,74% em abril, com retração tanto na indústria quanto na agricultura.
Na quinta-feira também será divulgada a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), em que o mercado projeta um de 0,5%, em fevereiro, na comparação mensal, com uma retração de 1,6% nos serviços oferecidos às famílias. Há uma previsão, para o mesmo dia, de divulgação dos números do emprego formal, do Caged, e que tem uma expectativa não muito boa, seguida da taxa de desemprego da PNAD Contínua, que será divulgada na sexta, com uma previsão de aumento, dos atuais 8,6%, para 9%.
A sexta-feira, 28, também reserva a divulgação do IBC-BR de atividade econômica do Banco Central, também referente a fevereiro, com projeção de alta mensal de 0,7%. Lá fora, na quinta-feira, o Departamento do Comércio dos EUA divulga a leitura inicial do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre. O resultado virá em meio aos esforços do Federal Reserve (Fed) para frear a atividade econômica do país para conter as pressões inflacionárias, novas evidências do desempenho da economia podem despertar reflexos nos preços dos ativos.
AGENDA CORPORATIVA
A temporada de balanços trimestrais das empresas americanas chega depois dos resultados apresentados na semana passada pelas big techs. Os principais números se concentram na quarta-feira, 26, quando a Microsoft, Alphabet (dona do Google) e Meta (dona do Facebook) divulgarão seus resultados. Na sexta-feira, 28, é a vez da Amazon.
Outros nomes conhecidos do investidor brasileiro também vão reportar balanços esta semana, como Coca-Cola, Pepsico, Mc Donald’s, PayPal, Intel, Ebay, Visa e Mastercard. Atenção também para as petroleiras Chevron e Exxon Mobil, com resultados previstos para sexta-feira, 28.
As companhias aéreas também vão reportar balanços nos próximos dias: Gol, na quarta-feira e Azul, na quinta. O grande destaque entre os dados corporativos brasileiros é o resultado da Vale, que divulgará seus números na quarta-feira, 26, após o fechamento do pregão.