Heloisa Buarque de Hollanda é eleita imortal da ABL

Escritora e crítica cultural vai ocupar a cadeira de Nélida Piñon

Foto: Acervo Pessoal / Site www.heloisabuarquedehollanda.com

A escritora Heloísa Buarque de Hollanda teve o nome escolhido, hoje, pela Academia Brasileira de Letras (ABL), para ocupar a cadeira 30, vaga desde a morte da escritora Nélida Piñon, em dezembro passado. A escritora e crítica cultural passa a ser a décima mulher eleita para a ABL.

A votação que elegeu a paulista com 34 dos 37 votos se tornou a primeira a utilizar uma urna eletrônica. O pintor e escritor Oscar Araripe teve 2 votos e houve um voto em branco.

“Esse atual projeto de abertura da Academia me fascina. E isso não é nem o começo. Tem que ter mulher, negro, índio. Porque são excelentes também. Isso é o Brasil, a democracia. Eu estou muito feliz de chegar nesse momento na Academia, com esse projeto de renovação, aos 84 anos”, destacou Heloísa, em nota da ABL.

A cadeira 30 teve como fundador o contista Pedro Rabelo, e como patrono o jornalista e romancista Pardal Mallet. Foram titulares da vaga o advogado Heráclito Graça, o médico Antônio Austregésilo e o ensaísta, filólogo e lexicógrafo Aurélio Buarque, além de Nélida Piñon.

Feminista
Uma das principais vozes do feminismo brasileiro, considerada a maior intelectual pública do país, Heloísa Buarque de Hollanda é formada em letras clássicas pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio), com mestrado e doutorado em literatura brasileira na UFRJ e pós-doutorado em sociologia da cultura na Universidade de Columbia, em Nova York.

É diretora do Programa Avançado de Cultura Contemporânea (PACC-Letras/UFRJ), onde coordena o Laboratório de Tecnologias Sociais, do projeto Universidade das Quebradas, e o Fórum M, espaço aberto para o debate sobre a questão da mulher na universidade.