Ações de grandes varejistas têm queda com recuo da intenção de cobrar impostos sobre compras internacionais

Fim da possibilidade de cobrança de impostos sobre compras até US$ 50 afetou papéis de empresas que operam no país

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O setor de varejo brasileiro chegou ao final de terça-feira querendo esquecer o movimento da Bolsa Valores. Entre as dez maiores quedas do Ibovespa ficaram as ações ordinárias da Lojas Renner, com 4,12%, do Magazine Luiza, com 3,28%, as preferenciais da Alpargatas, com 2,95%, e a ordinária da C&A, que caiu 3,31%. Isto porque houve um recuo do governo na intenção de cobrar impostos sobre compras internacionais de até US$ 50, que tinha como alvo principalmente plataformas chinesas como Shein e Shopee.

Varejistas asiáticas são acusadas por empresas brasileiras de aproveitar a isenção entre pessoas físicas para importar produtos do exterior sem pagar impostos. Algumas empresas também dividem um pedido de um mesmo consumidor em vários pacotes ou declaram um valor mais baixo para a mercadoria, evitando superar a cota de US$ 50.

“Isenção não vai deixar de existir para pessoa física. Mas o presidente Lula nos pediu para tentar resolver isso do ponto de vista administrativo. Ou seja, coibir o contrabando”, afirmou Haddad. “Nós sabemos que tem uma empresa que pratica essa concorrência desleal, prejudicando todas as demais empresas, tanto do comércio eletrônico quanto das lojas”.