A inteligência artificial e a automação aparecem cada vez mais integradas quando se pensa na produção industrial, e a feira de Hannover, na Alemanha, consagra os bons resultados dessas experiências – como diversas empresas vêm demonstrando. A união ultrapassa barreiras, trazendo agilidade, ganho de eficiência e otimização de recursos, apurou a reportagem do Correio do Povo.
Algumas dessas possibilidades foram apresentadas, nesta terça-feira, pelo grupo tecnológico e industrial Siemens, a partir do guarda-chuva da XCelerator, que trabalha na integração de informações, simulações de ambientes e melhores respostas, antecipando problemas em muitas situações.
Um dos exemplos apresentados é o metaverso industrial, que aposta nas ferramentas para mais eficiência nas plantas industriais e ajuda a treinar a inteligência artificial. Na prática, por meio do ambiente do metaverso é possível simular resultados e experiências com grande rapidez, gerando informações que serão utilizadas para elevar a produtividade.
Outro braço é o de máquinas inteligentes, no qual se une tecnologias – por exemplo o metaverso industrial e a inteligência artificial – para ampliar o desempenho dos equipamentos evitando a quebra de produção. Essa experiência, aplicada recentemente em uma empresa de corte de frangos do Brasil, driblou problemas no processo, que vinham causando prejuízo financeiro de R$ 2 milhões por ano.
Indústria brasileira está olho nas evoluções
As constantes inovações entraram no radar da indústria brasileira. “A atualização deve ser constante”, sentencia o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) e vice-presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Gilberto Porcello Petry, que nesta terça percorreu alguns estandes da feira de Hannover, da qual participa desde a década de 80.
Já o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roescoe, estreou no evento. “No campo industrial, a feira explora muitas tecnologias, vários equipamentos com tecnologia embarcada, sistemas e todos os tipos de sensores e automação. Ou seja, tudo aquilo que pode fomentar a produtividade da indústria está disponível aqui”, afirmou. Ao avaliar a indústria mineira, ele considerou que o principal gargalo é a atualização tecnológica.
