Autoridades dos Emirados Árabes prenderam, na tarde desta segunda-feira, o empresário brasileiro Thiago Brennand, acusado dos crimes de ameaça, estupro, lesão corporal e cárcere privado. Com isso, ele deve ser extraditado ao Brasil. A data em que isso vai ocorrer, no entanto, ainda é incerta.
Nesse domingo, a Secretaria Nacional de Justiça, órgão do governo brasileiro, confirmou que os Emirados Árabes Unidos realizarão os procedimentos para a extradição do suspeito, sendo a prisão o primeiro passo. A divulgação se deu durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao país árabe, onde o chefe do Executivo defendeu que Brennand seja responsabilizado.
Desde setembro do ano passado, Brennand está em Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos. Atualmente, há cinco mandados de prisão preventiva contra o empresário em aberto em território brasileiro. A viagem dele ao exterior motivou a expedição da primeira ordem prisional, assinada pela juíza Érika Mascarenhas, da 6ª Vara Criminal de São Paulo.
Procurado pelo R7 para comentar as acusações, Brennand não se manifestou. Em vídeo na internet, ele disse ser vítima de perseguição e alvo de inveja.
Acusações
O caso do empresário ganhou repercussão após ele ter sido flagrado, em imagens de câmeras de segurança, agredindo a modelo Alliny Helena Gomes em uma academia no Shopping Iguatemi, em área nobre da capital paulista, em 3 de agosto. Depois, outras mulheres decidiram denunciá-lo.
A estudante de medicina Stefanie Cohen, de 30 anos, é uma das denunciantes. Em outubro, ela revelou ao R7 ter sido estuprada por Brennand. Na época, ela relatou ter sido dopada e abusada:
Ainda em outubro, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) encaminhou a terceira denúncia contra o empresário pela agressão ao garçom Vitor Igor Rodrigues Machado, de 26 anos, em condomínio de Porto Feliz, no interior do estado.
Na quarta denúncia, ele é acusado de crime de ameaça e contravenção penal de vias de fato (quando há uma agressão física leve) contra Agostinho Rodrigues da Silva, de 54 anos, caseiro do condomínio onde vivia.
O empresário também é investigado pelo estupro de uma americana. Segundo o MP-SP, ele ameaçou a mulher com a divulgação de imagens de cenas íntimas em caso de rompimento da relação que mantinham.
