Bioma Pampa terá 7 milhões de euros para desenvolvimento de modelo de produção sustentável

Valor, equivalente a R$ 40 milhões, será aplicado ao longo dos próximos cinco anos

Foto: Maurício Tonetto/Secom

Com o objetivo de incentivar o financiamento de projetos que aliem maior produtividade para a agropecuária associado à conservação, foi lançado, neste sábado, o projeto ‘Alianza Mais’ na sede do Sindicato Rural de Lavras do Sul. O lançamento da iniciativa, que pretende reduzir a perda de biodiversidade no bioma Pampa, contou com a participação do governador Eduardo Leite.

“Saudamos esta parceria tão importante para a proteção do nosso mais importante bioma, que é o Pampa. Ainda mais em uma região com uma agropecuária tão forte e reconhecida pela sua qualidade. É a prova que o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental podem andar juntos”, declarou o chefe do Executivo estadual.

Campos nativos

A parceria prevê investimentos de 7 milhões de euros, equivalente a R$ 40 milhões, ao longo dos próximos cinco anos. Deste total, 2 milhões de euros têm origem em aporte do Fundo Francês para o Meio Ambiente Mundial (FFEM).

O projeto é uma iniciativa da Sociedade para Conservação das Aves do Brasil (Save Brasil), Alianza del Pastizal, em parceria com o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Ao longo do projeto será disponibilizado uma linha de crédito especial, com incentivo à fundo perdido (blended finance) para viabilizar investimentos em modelos de produção sustentáveis.

O principal foco da linha de crédito especial são investimentos na cadeia produtiva da carne, abrindo também a possibilidade de apoio a outras tecnologias e atividades econômicas, como geração de energia com fontes renováveis e investimentos em outras cadeias produtivas, incluindo o turismo, vitivinicultura e olivicultura.

Bioma Pampa

As pastagens nativas do Cone Sul da América do Sul, chamadas de Pampa, ocupam uma área de cerca de 1 milhão de quilômetros quadrados, distribuídos entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Eles abrigam fauna e flora excepcionais, uma fonte única de variabilidade genética.

O Pampa teve uma perda de mais de 2 milhões de hectares, nos últimos 15 anos.