As brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paolini, presas injustamente na Alemanha após terem as malas trocadas no aeroporto de Guarulhos, conseguiram, enfim, retornar ao Brasil. Elas desembarcaram, na manhã desta sexta-feira, no Aeroporto Internacional de Brasília, Presidente Juscelino Kubitschek, com Lorena Baía, irmã de Kátyna, Valéria Paolini, mãe de Jeanne, e a advogada Luna Provázio.
Segundo Lorena, as mulheres, que ficaram 38 dias presas em Frankfurt após as etiquetas das malas serem trocadas por bagagens com drogas, seguem se recuperando do ‘baque’. “Estão muito abaladas, tentando processar as informações, que estão chegando aos poucos”, relata.
Elas foram libertadas no dia 11, depois que o Ministério Público alemão, de posse do inquérito da Polícia Federal e de vídeos comprovando que as etiquetas das malas foram trocadas no aeroporto, autorizou a soltura do casal. A operação da PF, no Aeroporto de Guarulhos, prendeu sete suspeitos de participar do esquema.
Segundo Lorena, Kátyna e Jeanne pretendem entrar com ação de reparação de danos, mas ela ainda não sabe informar se contra a empresa aérea ou contra o terminal de Guarulhos. “A prioridade era soltar as meninas. Os advogados, agora, estão avaliando toda a situação para ingressar com a ação indenizatória.”
Entenda o caso
A polícia alemã apreendeu no início de março duas malas com 20kg de cocaína cada, etiquetadas com os nomes de Jeanne e Kátyna. Ambas foram presas ao desembarcar em Frankfurt.
A base para a liberação foram imagens provando que as bagagens tiveram etiquetas trocadas durante uma escala no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Segundo a Polícia Federal, um dia antes do embarque das duas brasileiras, outra goiana teve a etiqueta da mala trocada por uma bagagem com drogas ao viajar para Paris, na França, mas não chegou a ser presa.