O Sindicato do Ensino Privado (Sinepe/RS) reuniu gestores e representantes de instituições privadas para discutir protocolos e medidas preventivas de garantia da segurança nas escolas do Rio Grande do Sul. O encontro já havia sido planejado, mas acabou seno adiantado devido às ameaças que começaram a circular em aplicativos de mensagens e redes sociais, após o ataque com quatro mortes a uma creche de Blumenau, em 5 de abril. Para o presidente do Sinepe, Oswaldo Dalpiaz, não há como implantar o processo pedagógico adequado sem “calma e tranquilidade na escola”.
Foram convidados para palestrar no encontro o especialista em segurança escolar André Steren e o subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Douglas da Rosa Soares. Mais de 400 pessoas acompanharam o evento, entre os formatos presencial e virtual, conforme o sindicato. Os palestrantes destacaram a importância de montar um planejamento, identificando possíveis ameaças e colocando a segurança das pessoas como prioridade nas instituições privadas de ensino.
O presidente do Sinepe disse que as escolas devem construir a segurança de acordo com as condições, considerando a realidade diversa de cada uma. Mas salienta que toda ação deve seguir a lei. “Por exemplo, uma escola não tem autonomia para mandar que o aluno abra sua mochila, para ver se tem uma faca dentro. Mas pode, por exemplo, criar uma cultura de observação e ver os sinais que estão acontecendo na escola para tomar providências”, observou Dalpiaz.
O gestor do sindicato destacou a importância de que os pais mantenham os alunos frequentando a escola. “Prudência, preventividade, eu acho que são comportamentos humanos, de proteção e de cuidado. Pavor é desumano”, disse.
Dalpiaz participa nesta sexta-feira de uma reunião da Federação Nacional de Escolas Particulares (Fenep), com foco na segurança e possibilidade de construção de um plano de ação para as instituições de todo o país.