O desempenho da indústria química brasileira foi negativo nos dois primeiros meses do ano em comparação ao mesmo período do ano anterior. É o que revela balanço da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), ao apontar um recuo de 12,44% na produção do primeiro bimestre, enquanto as vendas internas diminuíram 5,32%.
As importações no setor cresceram 13,2% no primeiro bimestre comparado com o mesmo período do ano anterior, resultado do aumento das compras de intermediários para fertilizantes, petroquímicos básicos e resinas termoplásticas.
Já a demanda interna, medida pelo consumo aparente nacional, apresentou um recuo de 0,3% nos dois primeiros meses do ano na comparação com o mesmo período de 2022. Na análise dos últimos 12 meses, a produção caiu 5,29%, enquanto as importações foram inferiores em 6,9% e as exportações cederam 15,4%. Na contramão, as vendas internas registraram ligeira alta de 0,17%, demonstrando resiliência.
O déficit na balança comercial dos últimos 12 meses encerrados em fevereiro de 2023 alcançou US$ 62,3 bilhões, enquanto o índice de preços teve deflação de 22,6% entre março de 2022 e fevereiro de 2023.