A partir das 8h desta sexta-feira, policias penais federais, os antigos agentes penitenciários, fazem uma paralisação de 24 horas nos cinco presídios federais de segurança máxima.
Segundo Varlei Ferreira, representante sindical e diretor da Associação dos Policiais Penais do Brasil, o objetivo é abrir diálogo sobre a regulamentação da carreira, esperada desde 2019, e que a associação ressalta ter sido prometida para os primeiros 100 dias de governo.
“Carreira autônoma, como são as outras carreiras, previsão de direção geral na policia, no órgão, tem que ter, é determinação da Constituição. Independência funcional, atribuições bem especificadas dessa nova instituição, a Policia Penal Federal, desenvolvimento da carreira. Tudo isso decorre da Constituição Federal”, reforça Ferreira.
Os policias penais também pedem equiparação de vencimento com as carreiras de outros policiais federais, e diálogo da Secretaria Nacional de Políticas Penais com a categoria. Segundo o sindicalista, na falta de comunicação, só resta a opção de fazer manifestações e paralisações.
A associação promete manter a segurança dos presos e garantir os serviços essenciais nas unidades. Serão suspensas, contudo, as visitas de advogados e familiares.
Cerca de 1,6 mil policiais penais fazem a segurança dos presos mais perigosos do país nos presídios federais em Brasília, Rio Grande do Norte, Paraná, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
A reportagem da Agência Brasil não teve retorno sobre a posição do Ministério da Justiça e da Secretaria Nacional de Políticas Penais.