O resultado do IPCA de março de 0,71%, contra 0,84% de fevereiro, trouxe um ânimo para os analistas de mercado, muito embora não seja uma visão plenamente positiva para os próximos meses. A preocupação continua sendo com os preços ligados à demanda permanecem em patamar elevado, ameaça considerada balizadora para impedir uma mudança de rumo na política monetária pelo Banco Central, pelo menos no curto prazo.
Economistas costumam olhar para as projeções para os próximos meses. E no caso brasileiro ela não é animadora. Isso porque no horizonte da comparação estão os índices de deflação verificados em julho (-0,68), agosto (0,36%) e setembro (-0,29) do ano passado. Isto, avaliam, dificilmente se repetirá em 2023.
De acordo com previsões, em junho a inflação poderá descer para 3,5%, no acumulado em 12 meses. A partir de julho, porém, voltaria a subir, fechando o ano com alta em torno de 5,8%, acima do teto da meta de 3,25% perseguida pelo Banco Central.