Funcionários do Hospital Nossa Senhora da Conceição protestaram, nesta quinta-feira, em frente ao ambulatório do hospital, na capital, por reajuste do vale-alimentação, que está há seis anos sem aumento, e pela redução da jornada do auxiliar de higienização de 220 horas para 180. A direção do Grupo Hospitalar Conceição avalia os pedidos e sinaliza com aumento de pelo menos 37,7% do valor do vale-alimentação, índice referente à inflação do período. O valor atual do vale-alimentação é de R$ 385.
Representantes do Sindisaúde e da Associação dos Servidores do Grupo Hospitalar Conceição (ASERGHC) marcaram presença no ato e convocaram outros trabalhadores a participar da manifestação. O presidente da ASERGHC, Arlindo Nelson Ritter, alerta que funcionários da higienização vêm adoecendo em decorrência da carga de trabalho.
O diretor do GHC, Gilberto Barichello, que está em Brasília, onde apresenta as pautas da categoria, garante que desde que assumiu a direção do hospital mantém diálogo com os 14 principais sindicatos de trabalhadores. “O que está se discutindo agora é qual é o valor do reajuste [do vale-alimentação]”, garante. “A gente está trabalhando com o governo um percentual a partir de 37,7%”, completa.
A se confirmar o reajuste, o impacto na folha de pagamento pode chegar a R$ 22 milhões ao ano, uma vez que o GHC conta com mais de 8,5 mil servidores. Sobre o levantamento das condições de trabalho, Barichello explica que a ideia é apurar o percentual de servidores afastados e os motivos pelos quais deixaram de trabalhar. Os dados serão apresentados ao Ministério da Saúde e à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST) em 4 de maio. “Esse documento vai fundamentar o pedido de redução de jornada”, avalia.