Incêndio na sede de ONG completa 5 anos nesta terça-feira

Com o ajuda da comunidade e apoiadores entidade recuperou sede e ampliou atendimento

Crédito: Divulgação

O dia 5 de abril de 2023 marca a perseverança dos integrantes do WimBelemDon, projeto social que atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social na Zona Sul de Porto Alegre. Cinco anos antes, a sede da ONG enfrentava um incêndio que afetou 50 metros quadrados de extensão, em meio ao almoço de educandos e professores. O saldo foi uma perda quase que total de materiais para prática do tênis e parte da sede.

Com a ajuda da comunidade local e apoiadores, o WimBelemDon se transformou em uma referência no atendimento de jovens na Região Sul do país. A estrutura da sede foi toda renovada, com investimentos em um telhado novo, além de melhorias mais sustentáveis, com placas solares para geração de energia para consumo próprio, mobiliário feito de madeira certificada, coleta de água da chuva para utilização em serviços de conservação da sede, entre outras melhorias.

“Foi uma situação bem complicada. Os funcionários, naquele momento, tentaram ajudar no que era possível. Foram quase 24 horas de tristeza profunda, foi difícil dormir naquela noite. Mas eram tantos e-mails de pessoas querendo ajudar, querendo fazer alguma coisa, que a gente não teve nem tempo de fazer uma vaquinha online”, comenta Marcelo Ruschel, fundador e superintendente do projeto WimBelemDon. Os bombeiros agiram rapidamente, inclusive quebrando alguns espaços para permitir o controle do fogo.

Durante os seis meses da reforma as atividades foram reduzidas a duas vezes por semana, e todos os funcionários trabalharam juntos em apenas uma sala. “Para não deixar as crianças na mão, prontamente conseguimos a parceria com a Ajuris, que tem uma sede campestre linda aqui perto. Pedimos para eles não perder o vínculo com as crianças, porque a gente não sabia quantos meses demoraria a reforma”, conclui.
O gerente de Esportes do WimBelemDon, Raphael Trindade, relembrou o momento difícil e o sentimento de tensão daquele momento. “Achei que era uma fumacinha, mas logo que chegamos em frente ao banheiro, percebemos a gravidade”, lembra.

Maria Luiza, de 17 anos, educanda do WimBelemDon, estava presente no dia 4 de março de 2018 e viu o incêndio acontecer. “Eu recém tinha saído do refeitório. Mas naquele dia, eu lembro que ao invés de ir no banheiro, alguma coisa dizia que não era para eu ir ao banheiro naquele momento. Então fui para a salinha arrumar as minhas coisas”, comenta a aluna. Foi a irmã da Maria que avisou sobre o incêndio.