Com paralisação marcada, Simers espera resposta do IPE Saúde até 12 de abril

Sindicato espera ampla adesão à paralisação

Ipe Coronavírus
Foto: Divulgação

O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) espera que o plano de reestruturação do IPE Saúde, contemplando um reajuste dos honorários de médicos credenciados à entidade, seja apresentado no dia 12 de abril, em reunião já agendada entre a entidade e o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos. Caso isso não ocorra, o sindicato pretende fazer nova assembleia para definir medidas mais duras, como a possibilidade de descredenciamento em massa ou paralisação de até 90 dias.

Por ora, segue marcada, a partir de segunda-feira, uma paralisação de três dias dos atendimentos de médicos credenciados ao IPE Saúde. A categoria definiu pela medida em assembleia virtual, na noite dessa segunda-feira, em deliberação unânime de mais de 200 participantes, entre eles representantes do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) e da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs).

Com isso, não devem ser realizadas consultas e nem procedimentos hospitalares eletivos pelo convênio, com o atendimento se restringindo a casos de urgência e emergência. O Simers não divulgou a quantidade de médicos do IPE atualmente associados ao sindicato, mas espera adesão expressiva dos cerca de 6,5 mil profissionais credenciados, uma vez que em reuniões realizadas no interior do Estado, muitos vêm demonstrando, ao sindicato, insatisfação em relação aos honorários pagos pela autarquia, que não sofrem reajuste há 12 anos.

De acordo com o presidente do Simers, Marcos Rovinski, a deliberação pela paralisação deve servir de alerta para o governo estadual, que se comprometeu a enviar uma proposta até o final de março, mas não cumpriu.

Em nota, o órgão estadual segue afirmando que “vem atuando em medidas visando à valorização do profissional médico” e que o “projeto de reestruturação vai ser apresentado à sociedade, servidores e prestadores no mês de abril”.

Uma das alternativas pensadas pelo Instituto é passar a cobrar taxas também sobre os dependentes, hoje isentos de mensalidade.

Atualmente, o IPE Saúde atende a cerca de um milhão de segurados, entre servidores públicos estaduais e dependentes.