Apesar de ter sido anunciado na última quinta-feira, 30, a proposta de arcabouço fiscal feita pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda ficará no centro das atenções do mercado na semana que se inicia. Isto porque não há um grande número de indicadores econômicos programados para serem divulgados na primeira semana cheia de abril e o feriado de Páscoa ainda vai deixar o período útil mais curto. A expectativa é que o projeto de lei complementar, que vai substituir o regime de teto de gastos, seja enviado para o Congresso Nacional nos próximos dias.
A semana começa com o Relatório Focus, do Banco Central, que já deverá trazer alguma sinalização de como o mercado reagiu ao anúncio das propostas do ajuste fiscal. Além disso, estão previstas aparições públicas do presidente do BC, Roberto Campos Neto que deve render um posicionamento sobre as medidas. Além disto, está prevista também a divulgação da balança comercial de março que, conforme estimativas do mercado financeiro pode chegar a um superávit de US$ 9,5 bilhões – a cifra é superior aos US$ 4,7 bilhões de fevereiro e os US$ 6,4 bilhões de março do ano passado
A semana reserva ainda, nesta segunda-feira, 3, a divulgação da quarta medição do IPC-S, da Fundação Getulio Vargas, que no terceiro período chegou a 0,71% e indicadores industriais da Confederação Nacional da Indústria (CNI) referentes à março.
Também serão conhecidos dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) sobre a venda de veículos em março, que no mês anterior chegou a quase 130 mil unidades. Já na quarta-feira, 5, será conhecido o IBC-Br de março, considerada uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB). A semana econômica do Brasil termina com a divulgação, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da produção industrial regional. No exterior, o destaque fica com a divulgação do relatório de empregos dos Estados Unidos, que vai ser divulgado na divulgado na sexta-feira, 7, quando os mercados estarão fechados por causa da Páscoa.