Polícia Civil faz a maior apreensão de crack da história em Araricá, no Vale dos Sinos

Um homem foi preso em flagrante por transportar a droga do depósito até os pontos de venda. Ação causou prejuízo de mais de 10 milhões de reais à facção

Foto: PC / Divulgação

A Polícia Civil, através do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (DENARC), deflagrou a Operação Reditus, que apreendeu neste final de semana 257 KG de drogas escondidos em um galpão de um sítio na cidade de Araricá, no Vale dos Sinos. 96 quilos de crack foram recolhidos, quantidade considerada maior da história do Estado em apenas uma única apreensão.

Até o momento apenas um integrante do grupo foi preso, que conduzia a droga em um veículo, sendo responsável por levar os entorpecentes até os pontos de venda. Conforme o delegado Gabriel Borges, responsável pela operação, as investigações seguem e outras pessoas devem ser responsabilizadas nos próximos dias.

Ele detalhou também que a operação iniciou há cerca de 60 dias e causou prejuízo de mais de 10 milhões de reais à facção, que atua preferencialmente no Vale dos Sinos mas distribui a droga em todo o estado do Rio Grande do Sul.

Além do crack foram apreendidos cerca de 67 quilos de maconha e 94 quilos de cocaína com altíssimo grau de pureza, que poderia render até 5 vezes a quantidade ao crime organizado.

A operação

O delegado Gabriel Borges destacou que todos os meios disponíveis foram empregados nesta investigação. “Tudo o que envolve atividades de polícia judiciária foi empregado: tecnologias de investigação, ferramentas, troca de informação entre agências, atividades de campo por parte dos policiais, policiais passando madrugadas em áreas rurais fazendo monitoramento. Então foi sim aquilo que nós entendemos que a polícia judiciária tem que fazer para chegar a um resultado desses.”

A apreensão da droga não finaliza a operação, que a partir de agora toma outro rumo, conforme o delegado. “Agora nós vamos a nossas duas diretrizes de trabalho aqui no departamento, que é a retirada de grande quantidade de droga da rua. Segundo, a responsabilização criminal das grandes lideranças, porque é importante prender quem está com a droga, mas mais importante ainda é responsabilizar o dono dessa droga. Em terceiro que é descapitalização das organizações criminosas por meio de asfixia financeira, fazendo o processo de lavagem de capitais, retirando o patrimônio que eles conseguem adquirir com toda essa movimentação financeira”.

Bons números

Presente também na entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira, o chefe da Polícia Civil Fernando Sodré destacou que o trabalho do DENARC no ano de 2023 tem sido muito bem-sucedido no combate a criminalidade no Estado. Ele exaltou os números e o trabalho do departamento entre janeiro e março.

“O Denarc até a presente data apreendeu em torno de 300kg de cocaína nos três primeiros meses do ano, 200kg de crack, que é uma droga que normalmente é difícil de pegar volume nas apreensões, 1.700kg de maconha, mais de 30.000 comprimidos de ecstasy e praticamente mais de R$ 1 milhão de valores em espécie, nos primeiros três meses do ano, o que nota não só o trabalho efetivo do departamento mas também o esforço da Polícia Civil em combate a esse tipo de criminalidade, que incorre em outras tantas atividades decorrentes”.