Um mapeamento atualizado das áreas de risco da capital, realizado em parceria entre a prefeitura e o Serviço Geológico do Brasil, chegou ao gabinete do prefeito Sebastião Melo, na tarde desta segunda-feira. O estudo, que não era atualizado desde 2013, mostra que o número de pontos nessa situação aumentou de 119 para 142, com 20.884 famílias vivendo hoje nesses locais, o que corresponde a mais de 84 mil pessoas.
O relatório teve como base três tipos de metodologia, considerando o risco de movimento de massa (deslizamento, quedas de blocos e corridas de massa); o risco hidrológico (enxurradas, inundação e enchente) e o risco erosivo (marinho, continental e fluvial).
O estudo divide os graus de risco entre alto e muito alto. Em 2013, foram levantadas 109 áreas de alto risco e dez de muito alto risco. Neste ano, as áreas de alto risco foram 91 e de muito alto risco, 51 – cinco vezes mais que no relatório anterior.
Das 17 regiões do Orçamento Participativo, 15 possuem algum tipo de risco, de acordo com o estudo: Partenon (27), Glória (21), Leste (19), Sul (15), Ilhas (14), Norte (14), Centro-Sul (7), Restinga (7), Eixo-Baltazar (4), Nordeste (4), Extremo-Sul (3), Humaitá/Navegantes (2), Cruzeiro (2), Cristal (2) e Centro (1).
Ações de enfrentamento
Um grupo de trabalho, composto pelo Demhab, Defesa Civil, Procuradoria-Geral do Município (PGM), Secretaria Municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos (SMPAE) e Secretaria Municipal de Governança Local e Coordenação Política (SMGOV) vai discutir e propor estratégias e ações de enfrentamento às áreas de risco da cidade com base em quatro planos emergenciais: de prevenção, de mitigação, de remoção e de resposta.
Melo e o secretário de Habitação e Regularização Fundiária e diretor-geral do Demhab, André Machado, defenderam que as fontes de financiamento incluam recursos dos governos federal e estadual. “Sozinhos, os municípios não conseguem enfrentar este tema tão sensível. É um problema grave das cidades que devemos enfrentar juntos”, avaliou o prefeito.
Confira o relatório das áreas de risco
Áreas de risco por bairro:
Arquipélago: 14
Jardim Carvalho: 10
Aparício Borges: 9
Serraria: 8
Cascata: 8
Lomba Do Pinheiro: 8
Agronomia: 6
Morro Santana: 6
Restinga: 5
Glória: 5
Rubem Berta: 5
Partenon: 5
Santa Rosa De Lima: 5
Vila São José: 5
Sarandi: 4
Aberta Dos Morros: 3
Bom Jesus: 3
Passo Das Pedras: 3
Cavalhada: 2
Cristal: 2
Guarujá: 2
Hípica: 2
Mario Quintana: 2
Nonoai: 2
Pitinga: 2
Vila João Pessoa: 2
Anchieta: 1
Lami: 1
Medianeira: 1
Rio Branco: 1
Santa Tereza: 1
Teresópolis: 1
Vila Nova: 1
Ponta Grossa: 1
Campo Novo: 1
Costa E Silva: 1
Extrema: 1
Farrapos: 1
Medianeira: 1
Anchieta: 1