Definido consórcio que vai executar plano de redução de emissões de poluentes na capital

Anúncio ocorreu durante o South Summit, no início da tarde desta sexta

Foto: Ricardo Giusti / CP Memória

O prefeito Sebastião Melo e o diretor do Banco Mundial no Brasil, Johannes Zutt, anunciaram, nesta sexta-feira, durante o South Summit, no Cais Mauá, as empresas contratadas para executar o Plano de Ação Climática de Porto Alegre. O consórcio, formado pelos grupos Waycarbon, EcoFinance e ICLEI vai ter 18 meses para estabelecer medidas concretas de mitigação de emissões de gases de efeito estufa e adaptação frente às mudanças climáticas na capital.

Melo avaliou serem favoráveis os parâmetros em sustentabilidade, mas admitiu que Porto Alegre precisa dar atenção aos indicadores. “Só nos espaços públicos temos mais de um milhão de árvores. Uma vasta área rural com elevada produção de orgânicos. Mas ainda são inúmeros desafios, e a emissão de gases é um deles. Sabemos que com este investimento a cidade vai avançar ainda mais nas questões climáticas”, declarou.

O estudo vai buscar definir um planejamento a longo prazo para que Porto Alegre cumpra o compromisso, firmado na COP 26, em Glasgow, na Escócia, de reduzir em 50% as emissões de poluentes, em especial carbono, até 2030, e zerar as emissões até 2050.

“O plano de ação é a pactuação entre governo e sociedade para tornar nossa cidade mais sustentável, a começar pela mudança da matriz energética do transporte. Ao longo dos anos, queremos resolver o problema da mobilidade com planejamento urbano, diminuindo o deslocamento e incentivando o uso de outros modais, como o transporte hidroviário”, defende o secretário municipal do Meio Ambiente, Urbanismo e Sustentabilidade, Germano Bremm.

A consultoria vai ter como base o Inventário de Gases de Efeito Estufa, elaborado em 2021, que apontou que 67% das emissões são do setor de transportes. Em seguida, as maiores contribuições vêm da energia estacionária (consumo diário dos cidadãos), com 22%, e do setor de resíduos, com 9% das emissões.

Essa é a primeira de uma série de cooperações técnicas a serem firmadas entre a Prefeitura de Porto Alegre e o Banco Mundial. Os recursos para o Plano de Ação Climática são oriundos do City Climate Finance Gap Fund, um fundo específico para mudanças climáticas em cidades que vai destinar US$ 250 mil (cerca de R$ 1,2 milhão) à capital gaúcha.