Fabricante admite uso de matéria-prima vencida e confirma recall de maionese

Nessa quarta, Anvisa já havia anunciado a suspensão da fabricação, distribuição, venda e uso dos produtos da Fugini

Foto: REPRODUÇÃO / FUGINI

Em comunicado publicado na tarde desta quinta-feira, a empresa Fugini admitiu que usou ingredientes vencidos na produção de maionese e, por esse motivo, está fazendo o recall (recolhimento) dos itens impróprios para consumo. Nessa quarta-feira, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já havia anunciado a suspensão da fabricação, distribuição, venda e uso dos produtos da marca.

O recall vale apenas para os produtos do tipo maionese, com prazo de validade até dezembro de 2023 e que seja do lote que se inicia com o número 354, e qualquer lote de maionese que tenha o vencimento previsto para janeiro, fevereiro ou março de 2024.

Por meio de nota, a empresa alega que, “por um erro operacional”, os itens que devem ser recolhidos foram fabricados com urucum fora da data de validade. O ingrediente é usado para dar cor ao produto e, segundo a Fugini, a quantidade usada “representa 0,003% da formulação” da maionese.

“Estamos providenciando um recall do produto maionese com marca Fugini produzida na planta de Monte Alto/SP no período de 20/12/2022 a 21/03/2023, ou seja, cujo prazo de validade seja dezembro de 2023, com número de lote iniciando-se a partir do número 354, e qualquer lote com prazo de validade em janeiro, fevereiro ou março de 2024?, informou a Fugini em nota.

A marca informou que a toda a linha de produtos da Fugini, que também produz molhos de tomates, mostardas, ketchups e alimentos em conserva, “segue sendo comercializada normalmente nos pontos de varejo.”

Suspensão da Anvisa
Nessa quarta-feira, a Anvisa já havia anunciado a suspensão da fabricação, distribuição, venda e uso dos produtos da Fugini, depois de constatar falhas consideradas graves no processo de confecção dos produtos da marca.

Após o anúncio, a Fugini publicou uma nota desmentindo o recall e avisando que já havia resolvido os problemas identificados pela Anvisa. No comunicado desta quinta, porém, a empresa voltou atrás, admitiu o uso da matéria-prima vencida e anunciou a necessidade de fazer o recolhimento da maionese.

*Com informações da Agência Estado (AE)