O atual conselho de administração da Petrobras, que ainda inclui nomes indicados pelo governo anterior, decidiu nesta quarta-feira, 29, que a companhia não vai revisar as vendas de ativos já em fase de assinatura e fechamento de contratos. A decisão desagrada uma intenção do governo federal que pedia uma reavaliação da venda de ativos, incluindo aqueles já assinados.
O conselho da Petrobras, que será renovado na reunião de 21 de abril, pontuou ainda que o tema de revisão de processos de investimentos e desinvestimentos deve ser considerado dentro de plano estratégico, mas poderá avaliar a matéria caso a nova diretoria decida sobre o assunto, explicou a empresa.
“Vale notar que esta revisão não deverá incluir os desinvestimentos já em fase de assinatura e fechamento de contratos de forma a cumprir plenamente os direitos e as obrigações já assumidas pela companhia, com calendários e datas inclusive já definidas para ocorrer ao longo dos quatro trimestres de 2023, e, desta forma, não causar qualquer dano as partes envolvidas nas negociações, em especial a Petrobras”, afirmou a empresa.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desde sua posse, tem se mostrado um crítico da estratégia adotada pela Petrobras no governo anterior, de vender bilhões de dólares em ativos, em meio a um foco na exploração e produção de petróleo em águas profundas.