Analistas projetam desaceleração do mercado de trabalho formal no país

Resultado divulgado pelo Caged apresenta uma queda de 26,4% sobre fevereiro de 2022

Foto: Senai / Reprodução / CP

Apesar dos dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, divulgados nesta quarta-feira, 29, pelo Ministério do Trabalho terem ficado acima do consenso do mercado, analistas consideram que os números sustentam uma visão de desaceleração gradual do mercado de trabalho formal no país. Conforme os números, 241.785 postos de trabalho com carteira assinada foram abertos no último mês.

O indicador apresenta uma queda de 26,4% sobre fevereiro de 2022, quando haviam sido criados 328.507 postos de trabalho, sem considerar declarações entregues em atraso pelos empregadores. Apesar da desaceleração, os números representam uma melhora em relação ao mês de dezembro, quando foram fechadas 440.669 vagas de emprego, e 84.571 em janeiro.

No Rio Grande do Sul, fevereiro teve saldo positivo em 19.545 vagas – resultado puxado pela Indústria Geral (12.142), seguida dos Serviços (5.421). Em 2022, 25.908 vagas haviam sido geradas no segundo mês do ano. No estado, o acumulado do ano aponta, em dois meses, 29.618 postos criados com carteira assinada.

“O mercado de trabalho formal brasileiro segue em processo de arrefecimento gradual. Prevemos uma criação líquida total de aproximadamente 800 mil empregos em 2023, após um saldo significativo de 2,04 milhões de empregos em 2022”, projeta a XP Investimentos em relatório, que estima um crescimento de 1% do PIB em 2023.