A decisão do governo Federal em elevar o teto de juros para os empréstimos consignados de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de 1,7% para 1,97% ao mês não teve boa aceitação entre as instituições bancárias. Fruto da aprovação pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), depois de uma intensa negociação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o setor bancário, a taxa aprovada encontrou resistência da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
De acordo com a Federação, o novo teto de juros do consignado no INSS, “ainda está abaixo dos custos vigentes para parte dos bancos que operam essa linha”. Com a decisão, o teto do consignado do INSS sobe para 1,97%, e o do cartão de crédito consignado, que tinha sido reduzido de 3,06% para 2,62% ao mês, aumenta para 2,89%. Dados revelam que cerca de 14,5 milhões de pessoas são atendidas por uma das linhas do consignado do INSS (empréstimo ou cartão), com R$ 215 bilhões em empréstimos e um ticket médio de R$ 1.576.
O Banco do Brasil voltará a operar a linha de crédito consignado a beneficiários do INSS. “O BB entende que as novas regras conciliam a remuneração adequada da linha com a oferta de crédito condizente com as necessidades financeiras de seus clientes”, disse a instituição em nota à imprensa.