O preço dos remédios vendidos no Brasil terão um aumento de até 5,6% a partir de abril, acompanhando a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A estimativa é do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), e tem como base a resolução da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) que trará o reajuste oficial de 2023. A resolução deve ser publicada nesta sexta-feira, 31, e vale para cerca 13 mil remédios com prescrição médica, apesar da aplicação do reajuste não ser automática.
A estimativa do Sindusfarma leva em conta a inflação, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no período entre março de 2022 e fevereiro deste ano, e os demais fatores da fórmula usada para cálculo serão iguais a zero. Em 2023, o principal fator é inflação medida pelo IPCA que somou 5,6% entre março do ano passado e fevereiro. Os demais itens, que medem produtividade da indústria e custos de produção, devem ter impacto nulo.
Conforme o presidente-executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, o índice oficial de reajuste ainda depende da publicação pela Cmed, mas já é possível estimá-lo. Na última década, conforme dados do sindicato, o reajuste dos medicamentos ficou abaixo da inflação geral. Desde 2012, enquanto o IPCA acumulado chegou a 90,24%, os preços dos remédios subiram 76,79%.