O governo federal recuou e elevou o teto de juros para os empréstimos consignados de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), de 1,7% para 1,97% ao mês. A medida, anunciada nesta terça-feira e aprovada pelo Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS), resulta de negociação entre a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o setor bancário.
A alta ocorre porque os bancos suspenderam a linha de crédito, em reação à decisão do CNPS, do dia 13, de derrubar a taxa de 2,14% para 1,7%. Até mesmo os públicos – Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – pararam de operar o consignado.
Com a decisão desta terça, o teto do consignado do INSS sobe para 1,97%; e o do cartão de crédito consignado, que tinha sido reduzido de 3,06% para 2,62% ao mês, aumenta para 2,89%.
De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), cerca de 14,5 milhões de pessoas são atendidas por uma das linhas do consignado do INSS (empréstimo ou cartão), com R$ 215 bilhões em empréstimos e um ticket médio de R$ 1.576. Conforme a federação, em nota, o novo teto de juros do consignado no INSS, fixado em 1,97% pelo CNPS “ainda está abaixo dos custos vigentes para parte dos bancos que operam essa linha”.