Aluno que matou professora em SP já havia chantageado e ameaçado colega de morte em outra escola

Segundo boletim de ocorrência, estudante enviou vídeos e mensagens à vítima enquanto estudava em Taboão da Serra

Foto: Record TV / Reprodução / CP

O estudante, de 13 anos, que matou a professora Elisabeth Tenreiro e deixou quatro pessoas feridas, na manhã dessa segunda-feira, já havia ameaçado de morte um colega, quando estudava na Escola Estadual José Roberto Pacheco, em Taboão da Serra, na região metropolitana de São Paulo.

O Cidade Alerta, da Record TV SP, teve acesso a um boletim de ocorrência registrado em 7 de fevereiro. De acordo com o documento, o jovem enviou mensagens pelo WhatsApp, ameaçando um colega de morte, além de mandar vídeos exibindo uma arma.

Segundo o boletim de ocorrência, ele também chantageou o colega, pedindo R$ 130 para, em troca, não cumprir a ameaça. À mãe da vítima, o aluno, de 13 anos, encaminhou fotos da sala de aula do filho, além de informar o trajeto do menino para casa, realizado de perua escolar.

Outro caso
Uma funcionária da Escola Estadual José Roberto Pacheco também registrou um boletim de ocorrência por ameaça contra o estudante, em 28 de fevereiro. O R7 teve acesso ao documento.

A denunciante contou que o jovem apresentava “comportamento suspeito nas redes sociais, postando vídeos comprometedores, como, por exemplo, portando arma de fogo, simulando ataques violentos”.

Ataque
Na manhã dessa segunda-feira, a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, ministrava uma aula de ciências quando o adolescente deu início ao ataque na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona Oeste da capital paulista.

Segundo o relato de testemunhas, ele entrou na sala e esfaqueou um colega. A docente, na tentativa de apartar a briga, também sofreu diversos golpes. Ela teve parada cardiorrespiratória e, apesar de levada ao Hospital das Clínicas, não resistiu às lesões.

Além de Elisabeth, quatro pessoas ficaram feridas. De acordo com o governo estadual, a professora Ana Célia da Rosa permanece internada, com quadro estável de saúde, após ter passado por uma cirurgia. Duas professoras e um aluno, que tiveram ferimentos leves, já receberam alta.

Durante o ataque, o adolescente usou uma máscara de caveira – a mesma que os agressores haviam utilizado no massacre em Suzano, na Grande São Paulo, e no atentado em Aracruz (ES). A bandana preta é um símbolo da supremacia americana.