Mesmo com pneumonia, Lula insiste em viagem à China; missão é vista como estratégica

Comitiva de 240 empresários, com presença forte do agronegócio, é chance de aproximação com o setor

Foto: Ricardo Stuckert / PR

De acordo com fontes na diplomacia brasileira, o próprio presidente Lula insiste em manter a viagem à China, o que ainda depende de uma última avaliação médica, que ocorre amanhã. O presidente vem sendo tratado com antibióticos depois de diagnosticado com pneumonia leve. A missão é considerada uma das mais importantes do ano, se não de todo o mandato.

Acompanharão Lula 240 empresários de vários setores – incluindo um grupo peso-pesado de quase 100 representantes do agronegócio. Esse aspecto da viagem presidencial é visto como de importância estratégica, não só como forma de captar negócios, como de gerar aproximação entre o presidente e o setor da economia que é base eleitoral de Jair Bolsonaro. Os custos da comitiva empresarial serão bancados pelos próprios participantes. O Itamaraty apenas coordena a missão.

Farão parte da comitiva oficial do governo os principais integrantes da equipe econômica, entre eles o próprio ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A ex-presidente Dilma Rousseff também acompanha Lula. Na China, ela deve ser apresentada como futura presidente do Banco dos Brics, cargo que assume em breve.

A partida, que era prevista para este sábado, teve de ser adiada para domingo. A maioria dos compromissos oficiais com representantes do governo chinês está mantida, inclusive o encontro com o presidente Xi Jinping, previsto para a terça, 28.