Bimestre termina com alta de 1,44% no consumo dos lares brasileiros, diz Abras

Cesta de 35 produtos de largo consumo registrou queda de 0,39% em fevereiro

Foto: Pedro Revillion / CP Memória

O consumo nos lares brasileiros, medido pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), encerrou o primeiro bimestre em alta. O setor apresentou um crescimento de 1,44%, apesar de um recuo de 2% em fevereiro, resultado que é atribuído ao menor número de dias em fevereiro. Na comparação com fevereiro de 2022, houve alta de 0,95%.

O desempenho inclui resultados de operações de atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e e-commerce. Segundo a Abras, durante o primeiro bimestre do ano os recursos do reajuste do salário mínimo, a manutenção do valor de R$ 600 do programa de transferência de renda, bem como dos números de beneficiários; o pagamento do auxílio gás (fevereiro) e a menor pressão inflacionária nos preços dos alimentos contribuíram para um consumo positivo, mas moderado.

CENÁRIO

A entidade aposta existem fatores que justificam a projeção de bom desempenho no final do primeiro trimestre. Entre os cenários que justificam o otimismo estão o reajuste do salário mínimo em 7,42% para mais de 60 milhões de pessoas; a manutenção do pagamento de R$ 600 do Bolsa Família, o auxílio gás no valor de 100% da média nacional do botijão de gás de cozinha de 13 quilos pago em fevereiro; o resgate do PIS/Pasep (de fevereiro a dezembro) e o pagamento de R$ 150 por criança de até 6 anos para as famílias inscritas nos programas de transferência de renda, que começou em 20 de março.

De acordo com os dados da Abras, o valor da cesta de 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza) registrou queda de 0,39% em fevereiro. Com essa variação, o preço na média nacional passou de R$ 754,98 em janeiro para R$ 752,04 em fevereiro. No acumulado do ano, a cesta nacional tem recuo de 0,31%.