O Brasil manteve a primeira colocação no ranking entre 40 países com a maior taxa real de juros. O país aparece com taxa de 6,94%, descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses. O resultado reflete a manutenção da Selic, a taxa básica de juros da economia, em 13,75%, pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O ranking foi elaborado pelo portal MoneYou da gestora Infinity Asset Management.
“O país manteria a primeira colocação, em qualquer cenário, seja de corte de juros de 50 pontos ou alta de 50 pontos”, diz o economista Jason Vieira, responsável pela elaboração do ranking. Segundo ele, o movimento de alta de juros continuou a ganhar força no mundo, sinalizando preocupação com a inflação, mesmo com a queda do preço de commodities. No ranking, entre os 40 países, 42,50% mantiveram os juros, enquanto 55% elevaram as taxas e apenas 2,5% cortaram.
Nesta quarta, o Federal Reserve, o banco central americano, também elevou os juros em 0,25 pontos base, e o resultado poderia ser uma elevação de 0,50 pontos base não fossem os problemas no sistema bancário, o Fed pudesse elevar a taxa em 0,50 pontos base.
No ranking, o Brasil é seguido por outros dois países latino-americanos nas primeiras posições do ranking. Em segundo lugar, apareceu o México, com taxa de juro real de 6,05%, e o Chile surge na terceira colocação com taxa de 4,92%. Na quarta colocação, o ranking aponta as Filipinas, com juros reais de 2,62%, seguida da Indonésia, com 2,45%.
TAXA NOMINAL
Com a alta da inflação global, mesmo com algumas elevações de juros, a maioria dos países passou a apresentar taxa real de juros negativas. No Reino Unido, por exemplo, os juros reais estão negativos em 0,15%; na Suíça, em 1,30% e no Japão em 1,54%. Considerando a taxa nominal (sem descontar a inflação futura) o Brasil tem a segunda maior taxa do ranking entre 40 países, com a Argentina em primeiro lugar, com juros de 78% ao ano.
Veja o ranking dos juros reais:
- 1) Brasil: 6,94%
- 2) México: 6,05%
- 3) Chile: 4,92%
- 4) Filipinas: 2,62%
- 5) Indonésia: 2,45%
- 6) Colômbia: 1,93%
- 7) Hong Kong: 1,74%
- 8) África do Sul: 1,60%
- 9) Israel: 1,57%
- 10) Índia: 1,29%
Fonte: MoneYou/Infinity
