Índice de confiança oscila entre os setores industriais, avalia CNI

Estão confiantes na economia empresários de 17 de 29 setores, sendo a Região Sul com a única alta

Crédito: Divulgação/Abicalçados

A confiança não voltou de forma plena e disseminada entre os setores industriais em março. A constatação consta do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-resultados setoriais), divulgado nesta quarta-feira, 22, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O indicador mostra que dos 29 setores considerados, 17 deles seguem confiantes e 12 sem confiança. E, entre eles, o cenário está bem diverso. Foram consultadas 1.991 empresas, entre 1º e 9 de março. A única região brasileira em que o indicador teve alta foi o Sul mas, mesmo com a alta de 0,9 ponto, o índice permanece no campo da falta de confiança com 47,2 pontos.

Entre os setores que registraram confiança na economia, há quedas expressivas na passagem de fevereiro para março. O ICEI do Produtos farmoquímicos e farmacêuticos caiu de 60,4 pontos para 51,9 pontos e o índice de Sabões, detergentes, produtos de limpeza e cosméticos passou de 57,1 pontos para 54 pontos. O ICEI varia de 0 a 100, com uma linha de corte. Valores acima de 50 pontos indicam confiança e abaixo indicam confiança. O maior aumento do índice ocorreu no setor de Bebidas, nesse caso, o ICEI passou de 51 pontos para 52,9 pontos.

“A incerteza segue elevada, o que impede que o empresário se sinta seguro o suficiente para um aumento consistente da confiança. Em um cenário assim, é natural que os empresários mostrem avaliações difusas sobre as condições atuais e suas expectativas, resultando nessa evolução da confiança diferenciada entre os setores”, avalia o gerente de Análise Econômica, Marcelo Azevedo, sobre esse cenário oscilante.

Há ainda quedas importantes em março, entre os setores que registraram falta de confiança em março. O ICEI de Biocombustíveis caiu de 49,5 pontos para 46,9 pontos, o de Móveis passou de 47 pontos para 43,7 pontos e o de Produtos de borracha caiu de 49,5 pontos para 42,1 pontos. Destaca-se também o setor de Alimentos, que fez a transição de confiança para a falta de confiança, ainda que pouco disseminada: o índice caiu de 51,5 pontos para 49,6 pontos.