OCDE piora projeções econômicas para o Brasil

Para o restante do mundo, organização projeta crescimento

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As perspectivas econômicas globais apresentaram melhora com redução do choque inflacionário, mas seguida de aumento das taxas de juros. O cenário foi apresentado em relatório sobre perspectivas econômicas da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e elevando suas previsões de crescimento para as principais economias.

Conforme a instituição, a economia mundial está a caminho de avançar 2,6% este ano à medida que o aperto monetário de bancos centrais fazem efeito. A estimativa é de um crescimento global para 2,9% – em comparação com uma previsão de novembro de 2,7% – à medida que o impacto na renda familiar dos altos preços da energia desaparece. Para o Brasil, a OCDE piorou suas estimativas a uma expansão de 1,0% em 2023 e 1,1% em 2024, o que anteriormente era de 1,2% e 1,4%, respectivamente.

Desta forma, a OCDE prevê que a inflação no Grupo das 20 principais economias cairá de 8,1% no ano passado para 5,9% este ano e para 4,5% em 2024, acima das metas, apesar dos aumentos nas taxas de juros de muitos bancos centrais. A organização projetou que as taxas de juros atingirão um pico de até 5,5% nos Estados Unidos e 4,25% na zona do euro e no Reino Unido, com queda na inflação.

A OCDE projetou que o crescimento econômico dos EUA diminuirá de 1,5% este ano para 0,9% no ano que vem, à medida que a taxa de juros mais alta esfria demanda. Com o relaxamento das medidas contra a Covid, a economia chinesa deve crescer 5,3% este ano e 4,9% em 2024, acima das previsões de novembro de 4,6% e 4,1%, respectivamente.

As perspectivas para a zona do euro também melhoraram graças a uma queda nos preços da energia, com o bloco de 20 nações esperando um crescimento de 0,8% neste ano, seguido de 1,5% em 2024. A OCDE havia previsto anteriormente um crescimento de 0,5% e 1,4%, respectivamente.