A atividade industrial brasileira revela que nos dois primeiros meses do ano os índices de produção e emprego caíram, respectivamente, de 47,9 pontos para 45,2 pontos e de 49,2 pontos para 48,5 pontos, de janeiro para fevereiro. Os dados foram divulgados na Sondagem Industrial realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Quanto mais distante da linha de corte, em direção ao zero, maior e mais disseminado é o recuo, sendo que a queda dos dois indicadores foi a mais intensa do que nos anos anteriores.
“A produção costuma recuar mesmo na passagem de janeiro para fevereiro, porém, de 2017 para cá, este foi o menor este foi o menor índice. Além disso, o número também é menor que a média histórica para o mês, de 46,5 pontos”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, em comentário enviado à imprensa.
Um dos motivos que dificulta o aumento das atividades das indústrias brasileiras é o nível dos estoques, que seguem acima do planejado pelo pelos empresários, sugerindo uma demanda mais fraca que a prevista. Foram consultadas 1.637 empresas entre os dias 1º e 9 de março.
A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) ficou em 67% em fevereiro, o mesmo percentual dos dois meses anteriores, se aproximando da média histórica do mês, que é 67,5%. Já o índice de evolução do nível de estoques ficou acima da linha divisória que mede aumento e queda, marcando 50,6 pontos em fevereiro.
Na passagem de fevereiro para março, os índices de expectativa para os próximos seis meses mudaram pouco. Apesar de todos os índices seguirem acima dos 50 pontos, de uma forma geral, os índices são inferiores às suas respectivas médias históricas, o que significa dizer que é um otimismo moderado.
O índice de intenção de investimento ficou em 53,6 pontos em março de 2023, e apresenta um recuo de 0,4 ponto na comparação com fevereiro. Porém, segue acima da média histórica de 51,5 pontos e revela intenção de investir acima do usual.