Com mais de 30 pessoas aguardando cirurgias na emergência do Sistema Único de Saúde (SUS), o Instituto de Cardiologia de Porto Alegre passa por dificuldades e pede ajuda. Conforme o hospital, falta dinheiro para a aquisição de dispositivos como o marca-passo, um dos mais esperados pelos pacientes.
A representante médica do grupo de Comunicação do hospital, Miriana Basso Gomes, relata que os dispositivos, importados e cotados em dólar, tiveram aumento de preço com a alta da divisa e a situação econômica mundial.
A preocupação com o orçamento do hospital é ainda maior, já que cerca de 70% dos atendimentos são prestados via SUS e 17% via IPE Saúde. Tanto o sistema público quanto o convênio seguem com defasagem nas tabelas, ressalta a médica.
“O paciente interna e, se ele precisa colocar, por exemplo, um cardiodesfribilador com marca-passo junto, o custo só do aparelho, sem falar em anestesia, médico, enfermagem, é R$ 50 mil. O que o SUS paga? R$ 18.542,00”, enfatiza Miriana.
Além de defender a atualização das tabelas de valores, o Cardiologia apela para o empresariado gaúcho e pede doações. Quem quiser ajudar pode utilizar o pix 92.898550/0001-98.
Miriana também pede que a população que precisa de atendimento médico privado e por convênio também procure o hospital, já que esses procedimentos seguem ocorrendo normalmente. Ela salienta ainda que os valores pagos pelos planos de saúde contribuem com o atendimento do SUS.
