A inflação da Argentina atingiu a marca de 102,5% no acumulado em um ano em fevereiro, a primeira vez em mais de 30 anos que o indicador chega aos três dígitos e o maior patamar deste 1991. A informação foi divulgada pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC). A alta mensal foi de 6,6%, registrada em fevereiro e, nos dois primeiros meses de 2023, a inflação argentina acumulou um avanço de 13,1%.
“Os dados de inflação de fevereiro são, sem dúvida, muito ruins. Em especial, em fevereiro o impacto da carne foi muito forte, que subiu 19,5% devido à intensa estiagem que estamos passando”, afirmou, em comunicado, o secretário de Política Econômica da Argentina, Gabriel Rubinstein.
O resultado, considerado negativo, ocorre em ano eleitoral para presidente, governadores e legisladores serão em outubro de 2023. Até agora, a inflação mensal mais alta durante a gestão do atual presidente argentino, Alberto Fernández, foi registrada em julho de 2022, quando atingiu 7,4%, o maior patamar desde abril de 2002, quando o índice de preços chegou a 10,4%.