Uma reunião marcada para as 15h desta quarta-feira, na sede do Ministério Público Federal (MPF), volta a debater o impasse que envolve a destinação da ex-colônia de férias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), em Tramandaí, no litoral gaúcho. Dezenas de alunos ocuparam o local, entre a manhã de sexta e a noite dessa segunda-feira, cobrando que o imóvel seja convertido em Casa do Estudante, conforme uma resolução aprovada pelo Conselho Universitário (Consun).
O grupo deixou o prédio após o fim do prazo determinado pela justiça para o cumprimento da reintegração de popsse, que originalmente era o meio dia de segunda-feira. Em caso contrário, o uso de força policial era liberado, em caso de necessidade.
Até hoje, o Campus Litoral Norte não conta com estrutura de moradia estudantil. De acordo com o diretor-geral do complexo, professor Felipe Comunello – citado como réu na ação de reintegração de posse – ao lado da estudante Juliana Guerra -, a Reitoria optou por transformar o local em um Centro de Inovação, apesar da decisão do Consun.
No pedido judicial de recuperação do prédio, o pró-reitor de Inovação, Geraldo Pereira Jotz, informou que a ocupação teve início quando uma aluna solicitou acesso à estrutura para usar o banheiro, na manhã de sexta. “Momento em que os alunos (em torno de 30), possivelmente, em conluio com um professor do Campus, entraram conjuntamente no local, ocupando recepção, auditório e pátio. Além disso, após entrarem, isolaram o local com correntes e cadeados, deixando trancados no interior do prédio 02 servidores da UFRGS e aproximadamente 12 terceirizados”, menciona a ação.
