O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúnem nesta terça-feira pela manhã para discutir a nova regra de gastos do governo. Haddad prevê a apresentarão para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda nesta semana, da proposta para o novo arcabouço fiscal.
Conforme o ministro, a ideia é permitir que o Ministério do Planejamento e Orçamento tenha tempo para utilizar os novos parâmetros na elaboração da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que precisa ser encaminhada ao Congresso Nacional em abril.
Segundo o ministro, a proposta tem sido tratada com cautela para evitar um vazamento que possa configurar informação privilegiada. Em entrevistas recentes, Haddad disse que evitou “testar” a ideia com agentes do mercado para não provocar efeito especulativo nos ativos e desigualdade de informação aos agentes. Mas reiterou que o texto teve boa aceitação entre técnicos e acadêmicos.
“Vai vazar uma hora, mas vai vazar do jeito certo. Não queríamos que alguém recebesse uma informação privilegiada e isso fizesse preço. A cautela foi só não privilegiar ninguém, e todo mundo ficar sabendo conjuntamente de qual é a decisão do presidente Lula”, disse Haddad.
A viagem de Lula à China está marcada para ocorrer dois dias depois da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre o novo patamar da taxa básica de juros (a Selic), hoje fixada em 13,75% ao ano, que será divulgada em 22 de março.